Já que estou blogando, vamos logo ao 0072

Digo, 0073.

Porque hoje é domingo, vou fazer uma exceção à minha regra pétrea de não sujar meus textículos imaculados com imagens. Às vezes me reservo este direito besta.


Não, o rapaz da foto não é Jean Paul Sartre com uma prima da Simone, como muitos de vocês pensaram. Trata-se de Serge Gainsbourg. A moça é Jane Birkin. Juntos cantaram uma baladinha que nos meus tempos áureos de 1969 fez grande sucesso: Je t'aime.

Se a primeira sensação que você teve ao ver essa foto foi a de glamour escorrendo em camadas grossas e pingantes até solapar todos seus demais sentidos, tudo bem. A intenção era essa mesma. 

Se sua segunda sensação foi a de sensualidade à beira da explosão, tudo bem idem. Gainsbourg era mestre nessas coisas.

Quem assistiu ao filme aquele sobre Gainsbourg, esqueça. Não me interessa sua fama de depravado, comedor, amante ou bebum. Me ligo apenas no poeta.

Gainsbourg devotou imensa energia a Birkin, sua musa. Fez de si mesmo uma fera, dela, a bela. De si, o fero, dela, a deusa.

Então o tempo passou e Birkin começou a envelhecer. Gainsbourg, ao que parece, não contava com tamanha traição. E quando o tempo passou, partiu para musas outras. Tem pecado que tem perdão, dependendo do pecador.



Um comentário:

  1. Wilson, falta acrescentar que o título da canção é "Je t'aime, Moi non plus"

    E que houve uma versão célebre cantada pelo Gainsbourg a meias com a Brigitte Bardot!

    Um abraço

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